Em 2011, Cabo Verde não está sozinho na eleição do Chefe de Estado. Dezassete outros países africanos devem realizar (ou já realizaram) eleições presidenciais. Recuperamos e adaptamos um trabalho anteriormente publicado no Expresso das Ilhas e efectuado pela jornalista Sara Almeida.
Cabo VerdePedro Pires, figura histórica e primeiro-ministro de Cabo Verde após a independência, foi eleito Presidente da República em 2001 e reeleito em 2006. Este ano Pedro Pires vai passar o testemunho e o seu sucessor será escolhido por escrutínio universal. Ainda não há uma data concreta para a realização das eleições.
República da África Central
François Bozizé Yangouvonda conquistou a vitória na primeira volta das eleições presidenciais, que se realizaram em 23 de Janeiro de 2011. Bozizé assumiu a presidência depois de um golpe de estado contra Ange-Félix Patassé. Em 2005, foi eleito foi alargado pela Assembleia Nacional.
Uganda
No dia 18 de Fevereiro decorreram eleições no Uganda. Yoweri Museveni, no poder há 25 anos, venceu o escrutínio com 68 por cento dos votos. No país, Museveni é bastante popular por ter conseguido dar alguma estabilidade a um país com um passado violento. Além disso, há 20 anos que a economia se encontra em pleno crescimento.
Benim
As eleições presidenciais na República do Benim tiveram lugar a 6 de Março. Yayi Boni venceu a corrida e conseguiu assim alcançar o seu segundo mandato, depois de em 2006 ter sucedido ao general Kerekou, no poder durante 30 anos. Boni enfrentou 13 outros candidatos.
Níger
A segunda volta das eleições no Níger teve lugar a 12 de Março. Mahamadou Issoufou (PNDS -Tarayya) disputo e venceu a corrida com o seu principal adversário, Seini Oumarou, candidato do partido do ex-Presidente Mamadou Tandja (MNSD).Em Fevereiro de 2010, um golpe de estado militar depôs o até então Chefe de Estado.
Nigéria
A Nigéria foi terça-feira a votos. Goodluck Jonathan, que assumiu o poder depois da morte do Presidente Umaru Yar'Adua, é o candidato do PDP (Partido Democrático Popular), que governa o país desde 1999. Segundo a revista East Africa, as eleições nigerianas serão as mais seguidas pela comunidade internacional.
Djibouti
As eleições presidenciais realizaram-se dia 8 deste mês. Ismaïl Omar Guelleh foi reeleito para um terceiro mandato. Guelleh está no poder desde 1999 e voltou a vencer depois de, em 2010, ter mudado o número de mandatos permitidos pela Constituição. O seu antecessor foi Hassan Gouled Aptidon.
Chade
O Chade é um dos países com mais corrupção do mundo, e a política não é excepção. O país é um dos maiores produtores de petróleo, encontrando-se, no entanto, no fundo da lista da ONU referente ao desenvolvimento humano. As eleições presidenciais, agendadas para Abril, foram adiadas e deverão ocorrer em Maio.
Seicheles
James Alix Michel subiu à presidência em 2004, quando o anterior presidente, France-Albert René (que governou o país desde 1977 ) abandonou o cargo. Em 2006, foi reeleito e procura agora um segundo mandato. Tudo aponta para que, em Julho, Michel conquiste de novo a presidência.
São Tomé e Príncipe
Em 2011, Fradique de Menezes completa o seu segundo mandato e, por isso, deverá abandonar a presidência depois das eleições de Julho. Patrice Trovoada, actual Primeiro-Ministro e filho do ex-presidente Miguel Trovoada, e Manuel Pinto da Costa são os candidatos com mais possibilidades.
Madagáscar
Madagáscar vai a votos em Julho. Ou talvez não. Desde que a presidência foi entregue a Andry Rajoelina, em Março de 2009, que ele agenda eleições que depois adia. Recorde-se que Rajoelina subiu ao poder, depois de Marc Ravalomanana ter sido forçado a abandonar o cargo de presidente.
Gâmbia
Em Setembro é a vez de a Gâmbia acolher eleições presidenciais. Yahya Jammeh, presidente desde o golpe de estado de 1994, anunciou que não se vai recandidatar no final deste mandato (o seu terceiro). Isto porque, segundo a East African, Jammeh quer ser coroado rei! Caso o seja, não terá de voltar a eleições.
Zâmbia
Em 2008, o então presidente da Zâmbia, Levy Mwanawasa, faleceu e Rupiah Banda, seu vice-presidente, subiu ao poder. No mesmo ano realizaram-se eleições, das quais Banda saiu vencedor. Nestas eleições de 2011, a luta pelo poder deverá ser, igualmente, entre estes dois protagonistas.
Camarões
Nos Camarões, as eleições estão marcadas para Outubro, e estes é um dos casos que a comunidade internacional acompanha com reservas. Paul Biya chegou ao poder em 1982. Em 2004 realizou eleições, das quais saiu vencedor com 70% dos votos. Acredita-se que sairá vencedor destas eleições.
Quando Ellen Johnson-Sirleaf se candidatou em 2006, anunciou que concorreria apenas a um mandato. No entanto, a sua popularidade tem ganhado força - houve inclusive petições para que a presidente concorresse a um segundo mandato - e Sirleaf vai recandidatar-se nas eleições de Outubro.
República Democrática do Congo
Na RDC as eleições estão marcadas para Novembro. O actual presidente é Joseph Kabila, que em 2001 sucedeu ao seu pai Laurent-Désiré Kabila, após a morte deste. Em 2006 o país foi a votos e Joseph Kabila foi eleito presidente. Acredita-se que volte a vencer as eleições por uma larga margem.
Zimbabwe
As eleições no Zimbabwe, ainda não são dadas como certas e só serão realizadas após referendo. Robert Mugabe está o poder em 1987. Os dois principais partidos concordaram ir a votos em 2011, mas o estado económico e político do país é caótico e tudo pode acontecer até ao final do ano.
Egipto
O Egipto tinha eleições marcadas para Setembro, no entanto, com revolta civil que depôs o presidente Muhammad Hosni Sayyid Mubarak a data deverá ser mudada. Calcula-se que seja possível realizar o escrutínio ainda este ano, mas ainda não há datas concretas. Mubarak deixou o poder a 11 de Fevereiro.
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